O VILIPÊNDIO DA VIDA
Papá, quero nascer!
Nasça filho!...
Mamã, ouviste o papá!?
Quero nascer!
Nasça filho!
Que o mundo te espera
Ao alvorecer do dia
E saiba que filho
Que és tens um trilho
A que soprar!
Não sopre a gasolina
Com fumo na boca!
Não se ache de esperto
Pois os espertos sempre terminam perto
Humilha-te que te exaltarão
Trabalhe que serás patrão
Estude que te chamarão marrão
Investigue mais do que o metafísico
Que serás físico mítico
Te entee-te que serás
Filho amado,
Pois o enteado
Sempre é vilipendiado
No vilipêndio da vida
Não vilipendie a vida
Que escolhes em seres
Um felizardo absoluto!
Medre nos ombros
De quem te recebe!
Sempre te torne bebe
Para que não cresças
Mas cresça para que me
Agarres o tronco
Solidarize-se com quem
Jamais te foi solidário
E ame a quem nunca te amou
Mas vagarosamente
Meça com vagar
A indução da mente
Pois ela mente!
No vilipêndio da vida
Escolheste e sempre
Escolha o caminho eterno
Da marca da vida!
No vilipêndio da vida,
Papá, eu quero nascer!...
Changalane, aos 22 de Março de 2014
Filipe Alexandre Pedro
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