março 22, 2014

O VILIPÊNDIO DA VIDA


O VILIPÊNDIO DA VIDA

 

Papá, quero nascer!

Nasça filho!...

Mamã, ouviste o papá!?

Quero nascer!

Nasça filho!

Que o mundo te espera

Ao alvorecer do dia

E saiba que filho

Que és tens um trilho

A que soprar!

 

Não sopre a gasolina

Com fumo na boca!

Não se ache de esperto

Pois os espertos sempre terminam perto

Humilha-te que te exaltarão

Trabalhe que serás patrão

Estude que te chamarão marrão

Investigue mais do que o metafísico

Que serás físico mítico

Te entee-te que serás

Filho amado,

Pois o enteado

Sempre é vilipendiado

No vilipêndio da vida

Não vilipendie a vida

Que escolhes em seres

Um felizardo absoluto!

 

Medre nos ombros

De quem te recebe!

Sempre te torne bebe

Para que não cresças

Mas cresça para que me

Agarres o tronco

Solidarize-se com quem

Jamais te foi solidário

E ame a quem nunca te amou

Mas vagarosamente

Meça com vagar

A indução da mente

Pois ela mente!

No vilipêndio da vida

Escolheste e sempre

Escolha o caminho eterno

Da marca da vida!

No vilipêndio da vida,

Papá, eu quero nascer!...


Changalane, aos 22 de Março de 2014
Filipe Alexandre Pedro

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