fevereiro 14, 2012

SEM PALAVRAS À DESPEITO


SEM PALAVRAS À DESPEITO


Por cima destes lençóis vermelhos
No fluido do teu âmago
No gemer dessa almofada
No entulhar desses dedos tateantes
Em busca de parcerias aliciantes
Amaciando os espelhos
Que brilham nos teus olhos

Amor eterno e fraterno
Elouquente e quente no afogo
Dessa paixão abreviada no jogo
Dos beijos, longínquos de almejar
Pela intransparência dessa ciência
Da vida que chuta aos pontapés
Dos seus Valentins na arromba
Dos unidos espiritualmente
Sufocados fisicamente
Pela distância

Sofrido e sem sono amando essa Rosa
Benigna enigma da minha crença
Se tempera a dor e o afecto de tapares
Essa xicandarinha!

Feliz São Valentim.



Maputo, 14 de Fevereiro de 2012
Filipe Alexandre Pedro