novembro 14, 2014

SE NÃO ME PROCURAS

Se não me procuras!...
não me encontras
sou mais que um problema
que resulta de um dilema
jamais fui avulso
mas sempre vivo
com todos no meu pulso
mas se não me procuras
não me encontras!...


14 de Novembro de 2014
Filipe Alexandre Pedro

maio 23, 2014

EU SOU A TROVOADA!

Em cada ribombar
Amedronto as nuvens
Na consecução do bar
Marítimo que detém
O relâmpago

Eu sou a trovoada
Que unido com relâmpago
Desapago as nuvens
E juntos queimamos a ansiedade
De que se clama na feijoada

Eu sou trovoada, mas também relâmpago
Eu sou o manda-chuva
Da união!...
Eu sou o pai da união
Que cegamente o povo
Devia seguir a este novo
Exemplo de repensar
A vida.

A chuva cai na união
Da multidão
Das nuvens!
À semelhança do homem
Que enfatiza a união
Sempre na alegria
De mais um dia

Se acasalar de novo na troposfera!

Changalane, aos 23 de Maio de 2014

Filipe Alexandre Pedro

abril 04, 2014

DO FUNDO DO CORAÇÃO DE ÁFRICA

DO FUNDO DO CORAÇÃO DE ÁFRICA



Afecto,
 Burocracia,
Chapas,
Responsabilidade, concordia
Elegância,
Flexibilidade,
Amizade,
Grandeza,
 Impwa,
Justiça,
Karibu, Humanidade,
Liderança,
Mandioca,
Natal, 
Standard, Orgulho, Paciência, Quente,
Coragem, Dinheiro, Valor,
 Realidade, sem religião,
Ubuntu, Tradição,
Força, Tolerância,
Humildade,
Wansati,
 Ordem.



O Aprendiz

_______________________________
(Filipe Alexandre Pedro)

março 29, 2014

QUE ME TRAVE...


QUE ME TRAVE…

 

Bocejei, vinculei, almejei

E ponderei, parei de tudo

No travão do alcatrão

Dessa solidão! E hoje espero

Do ônibus que me preste atenção

 

Quero sim, uma mulher

Que me trave, que me dá

Atenção quando saiu de casa

Com a gravata virada para traz

Quando um argueiro se pendura

Nos meus olhos

Quando a solidão me abala

Quando a velocidade me ilude

Quando o tempo me atrasa

Quando as asas se sacodem

Quero uma mulher que me trave

Que me preste atenção

Quero sentir o verdadeiro

Amor fluindo nos meus pulmões

Vindo dessa definição

Da verdadeira amoreira

Da minha vida

E assim o contador

Adianta os seus segundos

E a vida me progride

Na esperança de alguns segundos

Quero colmatar a solidão

Quero uma mulher que se responsabiliza

Por mim! E eu lha amarei!

Que me trave nos meus passos largos

Que não são de lagartos!

Que me trave nos pensamentos

E nos desejos, nos sabores

E nos saberes
Que me trave somente!




Changalane, aos 29 de Março de 2014


Filipe Alexandre Pedro

março 22, 2014

O VILIPÊNDIO DA VIDA


O VILIPÊNDIO DA VIDA

 

Papá, quero nascer!

Nasça filho!...

Mamã, ouviste o papá!?

Quero nascer!

Nasça filho!

Que o mundo te espera

Ao alvorecer do dia

E saiba que filho

Que és tens um trilho

A que soprar!

 

Não sopre a gasolina

Com fumo na boca!

Não se ache de esperto

Pois os espertos sempre terminam perto

Humilha-te que te exaltarão

Trabalhe que serás patrão

Estude que te chamarão marrão

Investigue mais do que o metafísico

Que serás físico mítico

Te entee-te que serás

Filho amado,

Pois o enteado

Sempre é vilipendiado

No vilipêndio da vida

Não vilipendie a vida

Que escolhes em seres

Um felizardo absoluto!

 

Medre nos ombros

De quem te recebe!

Sempre te torne bebe

Para que não cresças

Mas cresça para que me

Agarres o tronco

Solidarize-se com quem

Jamais te foi solidário

E ame a quem nunca te amou

Mas vagarosamente

Meça com vagar

A indução da mente

Pois ela mente!

No vilipêndio da vida

Escolheste e sempre

Escolha o caminho eterno

Da marca da vida!

No vilipêndio da vida,

Papá, eu quero nascer!...


Changalane, aos 22 de Março de 2014
Filipe Alexandre Pedro

março 21, 2014

DESVENDAR OS MISTÉRIOS DA MANTA


DESVENDAR OS MISTÉRIOS DA MANTA
 
Naufrago nas entrelinhas
Do pensamento ambulatório
Em direcção ao laboratório
De reabilitação cívica das minhas
 
Saudosas ameaças na caça
Dos mistérios da manta
Reencontrados na santa
Ceia dos eclesiásticos sons da raça
 
Marciana, desvendando
Os mistérios da manta
No soluço do lendário
Extravagado sofrimento na solidão
Acusado de composto enquanto
Solitário, embora solidário
Mas com pecado na testa
Como um castigo no alvorecer
Do dia, desmistificando
Os mistérios da manta
Em contraposto das repartições
Bipolarizadas do africanismo
Aculturado nos corações
Dos seus utentes
 
Discernindo os mistérios da manta
À revelia dos testemunhos!
Escrutinadores deste processo
Inalienável e inacabável
Asseguro a minha realidade
Embora bofeteado pela razão
De ser guarda-costas da idade
O capanga dos corações estéticos
Os corações brilhantes na escuridão
Desmistificando as mantas
Na analogia do impio estratificado,
Desvendando a verdade em busca
Da verdade escravizada na solidão!


Changalane, aos 21 de Março de 2014

Filipe Alexandre Pedro