novembro 02, 2010

SONHAR!...

SONHAR!...

Quando estudava na minha meninice
sonhava,
sonhava a ser piloto,
hoje estou longe do meu sonho.
Não sonhava simplesmente
a ser piloto
nem a ser contabilista
atrás das faltas dos directores
com lista
de um para outro canto.

Eu andava sem saber para onde caminhar
nem onde trilhar
andava perdido no caminho dos totobolistas
e pegava no caderno
me esforçava em estudar
assim fui sobressair
no caminho dos estudantes
não de alunos
para mudar
o meu estilo de vida.

Na tentativa de mudar
o meu estilo de vida
um dia tentei ser futebolista
mas fui cair no xadrezista
fui na pescina para aprender
a nadar
mas afoguei
como gay
por isso jurei
uma vez por todas
não pisar mais na piscina.

Apressava de um lado para outro
não conseguia obter sono
somente sonho
mas um dia me pus na cama
a dormir e virei
duas vezes
para outro lado
só que cai na lama
sem calma
acordei, de novo fui
num outro encontro
oportuno
onde me virei um rei.

Desta vez não foi mais um sonho
um sonho falhado
pensei
em duas coisa
uma caneta
um papel
o que sei.

E peguei, andei e pensei
no verso
de amor
da pobreza
da riqueza
do universo
da solidão
do poeta
mas acabei
sendo um discípulo
de Craverinha
de Sousa
do Neto
de Camões
grandes personalidades
da literatura nacional
e internacional.
Porque poeta
é o que ainda não me sinto.
O nome de poeta serei
atribuido
por aqueles que me ouvem
que me leem.

De tudo o que sonhava
acabava sendo sonho
sonho aquele
que foi perdido
na escuridão
do abismo.

Não conheço
o paradeiro do meu sonho
de infãncia
o de ser piloto
mas conheco
onde é que perdi...

Sonhar,
acabei sonhando
as inalcançáveis
realidades deste mundo
embora sonhar
é sinal de viver...

Filipe Alexandre Pedro