agosto 30, 2009

DECLAMAR – TE

DECLAMAR – TE

Declamar – te
é perca de tempo

desmascarar – te
é um aumento
a sua beleza
é um mímo

deixa – me
amascarar – te
pelo batom
verniz
giz
no meu coração

tocar – te
na ponta da tua língua
no fim do teu nariz
no calcanhar do teu pé
no inicio das tuas coxas
no mamilo das tuas tetas
no centro do teu coração. 0852006/90419

Filipe Alexandre Pedro.

NA GAVETA...

NA GAVETA...

Na gaveta...

Tu estás ainda na gaveta
do meu coração.

Na gaveta do meu coração
na gaveta do meu coração
tu estas ainda bem guardadinha
no meu segredo
pois quando te conquistei
disseste que: ainda precisavas
de crescer e atingir
os dezoitos anos

assim, já atingiste
espero que digas
o que na verdade
já sentes por mim.

Na gaveta do meu coração

na gaveta do meu coração
na esquina dos sentimentos
na rua dos esquecidos
na Avenida dos loucos
por amor
pacientes doentios
de amor.

Te amo, sempre te amarei
te amei desde o principio
dia em que te vi
a trespassar pela
rua das Cascatas
em travessia
o meu coração te encachou
na gaveta, fotografei
e agrafei
a tua foto no meu coração
as tuas promessas no meu louco computador
em busca de alegria
paixão e amor
bem depositado no banco dos namorados.0262007/90419


Filipe Alexandre Pedro

VIZINHANÇA

VIZINHANÇA

Vizinho!
não te mexe
muito, senão
vai beijar
o chão

Vizinho!
Não sacoda a poeira
pois já te vi saindo
da minha capoeira

Vizinho!
Não fuja
para longe deste ninho
pois vais carregar
a minha soja. 22/489.

Filipe Alexandre Pedro

agosto 29, 2009

SE EU TE DIZER!...

SE EU TE DIZER!...

Se eu te dizer!...
é chegada a hora
de ir me embora
dirás que não devo fazer!...

Se eu te dizer!...
já vou te despedir
vou partir
á uma terra longínqua com prazer!...
para cumprir o que decidimos

quando nos conhecemos
não irás acreditar
nem querer, somente lamentar,
muito menos crer
nas minhas palavras.

Mas, como é imperdoável
a razão de isso acontecer
deixa – me te dar o último adeus
antes que nos tornemos réus
dessa partida indispensável
uma missão da vida amissíssima
cheia de carinhos e amor – África

Enfim, cá eu estou de volta
recebam – me como vosso filho
pois vos adoro!...2289.

Filipe Alexandre Pedro

agosto 27, 2009

QUÉM ÉS TU?

QUÉM ÉS TU?

Quém és tu?
Que me deixas
sem jeito de pensar
nem de baixar!

Quém és tu?
Que me retiras
o sono num sonambular

Tu que no sonho
me tapas a cara
quando cruzo contigo
não te identificas

passas como um passáro
nunca me abres
uma palpebra dos meus olhos
para te conhecer.

Sempre que o meu
coração
precisa te ver
me dizes para adiar
para o dia seguinte
quém és tu?

Quém és tu?
Que ao acordar
encontro uma carta
no meu coração
versificada, um poema
que declamas amor
invisível
de uma missao impossível.

Tu...

se te conhecesse
adoraria-te
faria-te
Mil "Pai nosso"
e "Ave Maria's"
para ficares
na gaveta
do meu coração
para sempre...

talvez te dizer
que ja não te amo
sim, sofro de amor
por Ti
mas, diga-me
Quém és Tu?25122007/90226

Filipe Alexandre Pedro

A FELICIDADE E ALEGRIA

A FELICIDADE E ALEGRIA

A felicidade e alegria
pousará
e repousará
para sempre
em mim
quanto complementada
por um amor...
Tu!

TU!03102007/90227

Filipe Alexandre Pedro

TU!...

TU!

Tu és como uma nuvem
que aparece
e não desaparece
como diamante
que o seu brilho não desaparece

apareces em forma
de massas de ar
iluminas como Sol
no verão

tu és uma misteriosa
maçã de cor de rosa
que brilhas
e o teu sabor
embebedece as verdades
de quém te ama
de verdade

tu és morena
aparecida
não esquecida
sim, amada
no fundo dos corações
que te procuram
pelo amor.

Eu! 12112007/90303

Filipe Alexandre Pedro

OS FILHOS DE GONDWANA

OS FILHOS DE GONDWANA.

Em progressão
em multiplicação
em acção
os filhos da pangea
em cadeia
a pangea nasceu dois filhos
a Laurasia e Gondwana
um casal
Laurasia uma Mulher
Gondwana um Homem
em cadeia
em desenvolvimento
em dispersão
em conversão

os filhos da Pangea
cresceram em massa
indagadores
da verdade e ciência
inteligência
mas se divergem
divergem, divergem...
e nunca mais se encontram
na sabedoria e conhecimento
o Gondwana gerou muitos filho
um deles se casou com a filha
mais velha da Laurasia
Ásia

Gondwana é o mais grande
acabou sendo castigado
pelos filhos da Laurasia.
Todos os filhos de Gondwana
foram odeiados pelos Filhos
da Laurasia.
Laurasinhos odeiaram
o cunhado Índia
que se casou com a Ásia
em busca de ouro
depois em busca de marfim
e em busca dos próprios
Gondwaninhos
bem amarrados e amarfanhados
esquecendo – se que Gondwana
é progenitor de todos.22/489

Filipe Alexandre Pedro

VENHO JÁ!...

VENHO JÁ!...

Se eu repetir
em te dizer
agora, venho já!...

Se eu despedir
e soar este
som de ir

E me dominar
aquela razão sábia
viajar, não reclama

pois já sabes
que eu adoro – te
e incansavelmente amo – te.22/489

Filipe Alexandre Pedro

agosto 25, 2009

QUANDO ME TRANSFORMAS EM LIXO!


QUANDO ME TRANSFORMAS EM LIXO!

Quando me transformas em lixo!
O vento me leva
o remoinho me carrega
a altitude me descarrega
a solidão me bate
o medo me emplora
a paixão se eleva
a chuva me lava
a vontade me arrasta
a montanha me liberta
a pedra me assegura
a água me pole
a tristeza me cobre
a caneta me arrefece
o mato me refugia
a frustração me abala
como o abalo sismico
que me aquece
o rio me afoga
a rotina me rompe
o mar me afunda
o amor se rompe
o ódio me corrompe
a paz me guarnece
a escuridão me cega
o sofrimento me castiga
a miséria me educa
a penúria me conquista
a religião me foge
a ciência me alérja
a saudade me peneira
a negritude me ri
a amizade me corroi
o rato me sopra
a cuspideira da cobra
me compra.
Sou amaldiçoado
pelo mundo
por tua causa,
por tua falta
no meu coração
sou castigado
sou o castigo da solidão.22/489.

Filipe Alexandre Pedro

TARDE DEMAIS

TARDE DEMAIS

Vieste tarde demais
a força e vontade,
alegria e felicidade
amizade
o amor e a paixão
foram – se embora
numa hora
em que estavas
muito longe de mim.

Tarde demais
agora no meu coração
reina a tristeza
a pobreza
a falta de uma sócia
que um dia
possa me alimentar...
o ódio e a solidão
me atacam
numa multidão
de necessidades,
em mim
se instalou as vaidades
de coisa ruim.
Vieste tarde demais.22/489.


Filipe Alexandre Pedro

PERDIDA NA TERRA

PERDIDA NA TERRA

Se eu fosse profeta
professaria a recta
que te levou a chegar
neste planeta
cheio de ar.

Se eu fosse cantor
cantaria esta canção
que me deixa ansioso
a procura de um salvador
que me deixe espantoso.

Se eu fosse poeta
declamaria – te o soneto
de amor que me julga nesta
viagem sem neto.

Mas enfim, digo sim
tu és uma anja
perdida na terra
que o seu destino
o escolheste
logo que viste
este azul de água
que nos circunda
dando – nos a vida.
Procurando a inigma
da vida.

Perdida na terra
sei que o teu lugar
não é este onde estás
por isso vai indagar
ainda mais pois vais o encontrar
mas se as minhas palavras
te trairam é porquê
você é tudo
para mim
acima de tudo, em mim
é você: amo – te
nesta eira. 2189

Changalane, aos 25 de Agosto de 2009
Filipe Alexandre Pedro